Engraçado como eu sempre tive problema com títulos.
Criava textos e textos e eles ficavam lá anônimos, incógnitos. Dessa vez o
título veio antes do texto. Foi o conselho de uma amiga em relação a um casinho
meu. “Lá vem essa garota falar de homem” é o que muita gente deve pensar, mas é
inevitável querer escrever sobre meus amores inventados, esses amores não amores.
Mas com ele era diferente. Tenho quase certeza que
não foi por acaso que o destino permitiu que a gente se encontrasse novamente.
Porque seria coincidência demais a gente tanto se esbarrar assim à toa. Era pra
ser uma vez só e acabou. Nem telefone, nem facebook, e-mail ou fax. Nós nunca
mais iríamos nos ver e ponto. Era o nosso combinado. Mas a lua, as estrelas... não sei o que foi
que era tão forte pedindo pra gente se ver de novo, era tão forte que
conseguiu. Acho que era tão bom que não podia ser uma vez só. Era o destino
pedindo bis e falando “vai lá garota, aproveita, vocês são muito bons juntos,
vocês merecem”.
Ele com certeza é mais importante que todos os
outros. Não sei o que é, acho que é aquele jeito dele de que é o tal. E aquela
implicância desnecessária. E aquele charme que faz o meu coração palpitar. E aquela atitude de fazer tremer as pernas. E
aquela desenvoltura que meu Deus do céu. E aquela barba máscula dando o toque
final. E o arranjo disso tudo faz com que eu não me arrependa de correr atrás.
Porque ele merecia eu ali, jogada aos pés dele, pronta pra ser pisada, pronta
pra ser esmagada, me deliciando com isso.
E quando era ele que corria atrás eu era a
vitoriosa, a Rainha da cocada preta. “Me mandou mensagem bêbado, amiga,
acredita? Eu devo ser muito gostosa mesmo.”Tanto que quando eu cheguei no
barzinho para o nosso encontro a primeira coisa que ele disse foi “nossa, você
vai toda elegantezinha assim pra faculdade?” e eu não hesitei em responder “claro
que não, meu bem, isso é tudo pra você”.
Se eu quero alguma coisa a mais com ele? Quero sim,
quero muito, quero tudo, quero sempre! Quero pra sempre! Quero ficar ali
deitada, fazendo carinho enquanto ele dorme no meu colo. Quero saber da vida
dele, quero perguntar mais do que eu já perguntei. Quero ficar conversando a
noite inteira, pra ele conhecer cada pedacinho meu. Quero sair pra passear na
praia com o Golden Retriever lindo que ele tem, nós três caminhando na praia
numa tarde ensolarada de domingo.
Mas com esse nosso histórico... ai maldito
histórico! Quando ele ia querer alguma coisa com essa garota maluca que manda
mensagem bêbada todo santo dia que bebe? O que eu faço? O que eu faço? Já sei,
vou mandar mais uma mensagenzinha pra ele lembrar que eu to viva...não custa
nada né?
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